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Foto do escritorMarcio Amaral

Público de Madonna no Rio não passou de 500 a 650 mil pessoas. A mídia disse 1,6 milhão, exagera e não fez checagem técnica.

Atualizado: 8 de mai.

Exageros Midiáticos: Quando os Números se Tornam Fantasioso um Show Bizarro e Ridículo.


Recentemente, o show de Madonna no Rio de Janeiro revisitou não apenas a energia bizarra da Rainha do Pop, tentando respirar na decadência, mas também um debate sobre os exageros da imprensa ao reportar a presença de público em eventos de grande magnitude. O espetáculo, realizado em uma extensa faixa de areia que se estendia do Copacabana Palace até as proximidades do Leme, foi alvo de manchetes que afirmavam a presença de impressionantes 1.6 milhões de pessoas.

Porém, ao analisarmos de forma mais crítica e cuidadosa os números e as condições do espaço, torna-se evidente que tais estatísticas podem estar bastante infladas. O local do evento, com uma área de 160.000 m², dificilmente comportaria uma multidão tão colossal sem que as condições de segurança e conforto fossem comprometidas.
Na faixa de areia, calçadões e vias de Copacabana, aproximadamente 160,000 m2. onde o público se concentrou, comportam no máximo 640 mil pessoas, com quatro pessoas para casa metro quadrado, que já é uma taxa supersaturada.
Ao calcularmos a densidade populacional nesse espaço, considerando uma superpopulação de 6 pessoas por metro quadrado, nos deparamos com uma situação quase irrespirável. E é aí que os exageros midiáticos se revelam em toda sua magnitude. Se os números fossem corretamente ajustados, é possível concluir que o público presente no evento provavelmente não ultrapassou a marca de 500 mil pessoas.

Esse fenômeno não é exclusivo do show de Madonna, mas sim uma prática comum em eventos de grande porte, sejam eles concertos, manifestações políticas ou outras formas de entretenimento que visam atrair a atenção do público e medir o prestígio do apresentador, político ou artista em questão. A exibição de números inflados pode servir como uma estratégia de marketing para aumentar a percepção de sucesso e popularidade do evento e de seus organizadores.

No entanto, é fundamental que a imprensa e o público estejam cientes desse tipo de manipulação de dados e saibam discernir entre a realidade e a narrativa construída em torno do evento. O jornalismo responsável deve buscar a precisão e a veracidade dos fatos, evitando contribuir para a disseminação de informações distorcidas ou enganosas.

Em última análise, os exageros midiáticos sobre a presença de público em eventos como o show de Madonna no Rio de Janeiro servem como um lembrete do poder que os números têm em moldar percepções e influenciar opiniões. Cabe a nós, como consumidores de informação, exercermos um olhar crítico e questionador sobre as notícias que nos são apresentadas, buscando sempre a verdade por trás dos números inflados e das narrativas sensacionalistas.
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