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Cuidado: A responsabilidade do voto na era das promessas vazias.

O dever de ambas partes - Eleitor e Candidato.


Em meio ao turbilhão de promessas e discursos inflamados que marcam o período eleitoral, surge um alerta crucial aos eleitores: a importância de uma escolha consciente e a crítica ao viés partidário que muitas vezes se perde entre slogans e promessas utópicas. A cada ciclo eleitoral, candidatos a cargos eletivos desfilam um arsenal de soluções mágicas, prometendo erradicar os inúmeros problemas que afligem as comunidades. No entanto, a realidade pós-eleição desmente frequentemente o otimismo das campanhas.

A prática de percorrer a via-sacra nas casas dos cidadãos, engajar em comícios vibrantes e fortalecer as promessas em troca de votos tem se mostrado um ritual vazio. Afinal, muitos dos eleitos não demonstram a competência prometida ou, pior, revelam-se desonestos com os próprios compromissos e com aqueles a quem servem. A esperança depositada nas urnas transforma-se em desilusão quando os eleitos, agora confortavelmente instalados em seus cargos, jogam a culpa de sua inércia ou incompetência nas administrações anteriores.

Esta situação alimenta um ciclo vicioso de má administração, onde os verdadeiros perdedores são os cidadãos, que continuam a arcar com os salários daqueles que falharam em cumprir suas promessas. O que resta é a reflexão sobre a responsabilidade de cada voto. A escolha de um candidato deve transcender a polarização partidária e focar nas propostas, na integridade e na capacidade de realizar mudanças significativas e positivas na comunidade. Se o executivo está realizando um bom trabalho, estando cercado de competentes auxiliares, a este deve dar-se a oportunidade de continuar seu trabalho por mais quatro anos, mesmo que ele não tenha cumprido a totalidade de suas proposições, porém, deve ficar acima de 80% daquilo que prometeu. Nesse caso, uma nova escolha, dará uma chance ao município de ter melhor administração. O melhor voto é o anti-partidário, que não olha a sigla e sim a competência.

Às vésperas de mais um momento decisivo nas urnas, onde vereadores e prefeitos serão escolhidos, é imperativo que os eleitores avaliem criteriosamente os candidatos. Não se deixem levar apenas por promessas vazias ou discursos emocionados. A história de cada candidato, seu compromisso genuíno com a comunidade e sua transparência são essenciais para uma escolha responsável do indivíduo.

A má administração de uma cidade começa, infelizmente, pelo voto mal colocado. Este é um chamado à vigilância e à ação consciente de cada eleitor. Afinal, a força de um voto pode tanto construir quanto destruir o futuro de uma comunidade. Que este seja um momento de reflexão e escolha sábia, para que o ciclo de promessas não cumpridas e desculpas esfarrapadas dê lugar a uma era de gestão transparente, responsável e eficaz.
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