O entorno do local onde habitamos é responsabilidade de todos.
O site Booking.com divulgou os vencedores da edição 2022 da Traveller Review Awards, premiação anual que se baseia em mais de 232 milhões de avaliações verificadas de viajantes reais e reconhece os destinos e prestadores de serviços de viagens mais acolhedores do mundo.
Em quesito de hospitalidade, Cunha ficou em primeiro lugar entre os destinos paulistas, seguida de Boiçucanga e São Bento do Sapucaí. Além de linda, simples e charmosa, a praticamente vizinha Cunha é agora, oficialmente, a mais acolhedora do estado. Parabéns a todos os cunhenses, pela conquista e reconhecimento! (Fonte: Portal de Notícias O Lorenense)
É preciso fazer valer tal reconhecimento!
Não são raras às vezes que podemos presenciar pessoas cuidando dos seus estabelecimentos; seja uma casa ou um tipo de atividade comercial qualquer. Na prática, em quase 100% do território nacional, a maioria cuida do interior de suas posses, isto é, do muro ou da porta para dentro. A desculpa de que cuidar de uma área pública é obrigação apenas do poder público é narrativa sem fundamento. Todos temos a obrigação de zelar e cuidar do espaço da cidade comum aos habitantes. Muita gente confunde a palavra público como sendo algo sem dono; errado! Todos somos donos, e se o somos, é nossa responsabilidade cuidar; e cuidar bem não apenas das áreas próximas da nossa casa ou nosso comércio, ou outras áreas mais distantes.
O exercício da cidadania começa quando cuidamos das dependências da nossa própria casa, da nossa fachada, ou de qualquer outro lugar onde estejamos morando, ou explorando um espaço comercial. “Para que cuidar se moro numa periferia, ou numa casinha simples?”, ou aquela mansão que só limpa seus vidros, a piscina, corta a grama verdinha, mas, a poucos metros do terreno onde situa esta casa maravilhosa, o caminho que dá acesso é de puro descuido.
“Como vou cuidar de um local onde a prefeitura ou o estado tem a obrigação de dar manutenção e manter digno da população que utilizará?” Cobremos de quem é o responsável mediante ações coletivas, mas, enquanto as ações não caminhem como o desejado, ou cuidamos nós, ou o nosso entorno se degrada. Realmente não é fácil para a maioria da população cujo orçamento familiar mal dá para as despesas triviais. Também não é certo culpar a baixa condição econômica de um bairro, de um indivíduo que faz com que o lugar não possa ter boa aparência. Vejamos nas figuras baixo qual a casa está feia ou mal cuidada.
Um ranchinho a pau-a-pique, coberto de sapé, é tão atrativo ou até mais do que uma casa construída seguindo os padrões de arquitetura moderna. Seguramente posso dizer que existem turistas que escolheriam a experiência de se hospedarem em um ranchinho aconchegante. Não é simples conjectura, é fato — existem pessoas das áreas rurais no Brasil, e até empreendimentos hoteleiros, que descobriram este nicho de renda. Receber turistas nas casinhas de roça bem cuidadas fascinam as pessoas que gostam de viver o clima bucólico; acordar com o galo cantando, beber café coado no pano, quentinho à beira do fogão de barro, saborear um franguinho caipira ou se deliciar com bolo de fubá bem fofinho. Enfim, vale a experiência para quem se hospeda e melhor ainda para quem é o anfitrião.
O cuidado com o interior e com nosso entorno é fundamental para a formação de opinião positiva pelo visitante. A cidade tem que ser de aspecto geral interessante e o nosso entorno é a moldura de onde habitamos ou oferecemos pouso.
O entorno de um bairro, ao longo de uma rua, uma rodovia faz parte do conjunto harmônico de qualquer lugar. A impressão do turista ao ter acesso às facilidades reservadas e contratadas previamente, como pousadas, chalés, restaurantes, locais de eventos, será o fator maior para formação de opinião sobre a cidade. A sua casa, o seu bairro, a sua cidade são espelhos com reflexos do cidadão que nela habita.
Há um ditado bem popular “a educação vem do berço”. Sim, entretanto, o berço onde a criança nasceu precisa de apoio para que este ditado se faça valer. Mas, o berço pode ser ajudado pelos programas do governo, se bem aplicados vão formar o cidadão consciente desde cedo. A Secretaria de Educação do Estado de São Paulo criou o programa Turismo na Escola, com material elaborado e disponível para a rede estadual; nada impede que seja aplicado na rede municipal de ensino. Cunha, naturalmente turística, até pelo belo nome divulgado, “Estância Climática de Cunha”, pode se beneficiar se aplicar com empenho, prioridade e continuidade, transformando este documento em realidade. A educação fundamental é o nicho ideal para transformar o nosso entorno em uma ferramenta de marketing ao ar livre.
A boa impressão forma opiniões positivas e traz retorno para uma cidade e seus habitantes.
Baixar AQUI o programa Turismo na Escola
Cidades implantaram turismo na escola
Segundo a publicação da Universidade do Vale do Itajaí sobre turismo e educação no ensino fundamental.
O estudo defende saídas via a educação para melhor entender o turismo no uso de territórios; uso este que passa, necessariamente, pela gestão. Apresenta sete partes da gestão, dentre estas, ajuíza sobre planejamento turístico, reflete sobre território turístico, perceberá estratégias de aprendizagem para, desde cedo, o educando compreender o turismo no uso de territórios, tendo em vista o entendimento do pertencimento deste sujeito ao lugar dito turístico. Apresenta pesquisa com abordagem qualitativa, evidenciando material de apoio pedagógico institucional, recursos didáticos, sobre turismo nos anos iniciais do ensino fundamental.
Baixe aqui o documento elaborado pela universidade
O documento finaliza com considerações que merecem ser publicadas aqui, são de muito interesse público e se aplicam em qualquer região geográfica:
O Programa Turismo na Escola, promovido pela Prefeitura de Fortaleza, por meio da Secretaria de Turismo em parceria com a Secretaria Municipal de Educação, visa apresentar equipamentos turísticos aos estudantes, dando a oportunidade de conhecerem “in loco” a história e cultura da cidade.
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